Apontado como operador de esquema, Vaccari é preso e pede afastamento de cargo no PT

14/04/2015 22:47


Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em depoimento na CPI da Petrobras. 09/04/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

CURITIBA (Reuters) - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira e acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, pediu afastamento do cargo, informou o partido em nota, na qual também manifestou confiança na inocência dele.

"Por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT", afirma nota, assinada pelo presidente do PT, Rui Falcão, que classifica a prisão do tesoureiro petista como "injustificada".

"Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário", acrescenta a nota.

Vaccari foi preso na manhã desta quarta em casa na capital paulista, em caráter preventivo, como parte da 12ª etapa da operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, empreiteiras e partidos políticos. Ele foi encaminhado à Polícia Federal de Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

Ele foi apontado pelos investigadores como um dos operadores do esquema, em meio a acusações de delatores e indícios de pagamentos de propina e lavagem de dinheiro.

“João Vaccari já vem sendo investigado há muito tempo, já temos indicações de doações para oficiais que escondem operações de lavagem de dinheiro, operações relativas a valores da corrupção na Petrobras, e nós verificamos que ele tem uma trajetória desse tipo de operação desde 2004”, disse o procurador regional da República Carlos Fernando Lima a jornalistas.

Vaccari já responde a um dos processos relacionados à Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, ele recebeu dinheiro de propina como doações para o PT e sabia da origem ilegal dos recursos. O PT e o próprio tesoureiro negam as acusações.

Segundo o delegado regional de combate ao crime organizado Igor Romário de Paula, há diversas indicações sobre a atuação de Vaccari no esquema. “Vaccari já vem sendo mencionado nas delações de cinco delatores diferentes, (e) há material apreendido contundente demonstrando a responsabilidade dele.”

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br.reuters.com/article/topNews/idBRKBN0N61QJ20150415?pageNumber=3&virtualBrandChannel=0

FONTE: REUTERS BRASIL

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