Mundo

13/02/2016 17:54

Papa Francisco e Patriarca da Igreja Ortodoxa declaram projeto de reunificação

Igrejas estão separadas desde o 'Grande Cisma do Oriente' de 1054

Papa Francisco e Patriarca Ecumênico Bartolomeu I firmam declaração conjunta em Istambul Foto: Filippo Monteforte / APFoto: Reprodução
O Papa Francisco e o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, líder da Igreja Ortodoxa, fizeram neste domingo uma declaração conjunta em Istambul, na Turquia, que poderia abrir o caminho para a reunificação das duas correntes cristãs, separadas há quase mil anos.

 

Francisco assegurou que a união não poria riscos à tradição e aos ritos dos ortodoxos, que seriam mantidos. Segundo ele, "não se trata de absorção nem de submissão, mas sim da aceitação de todos os dons que Deus tem dado a cada um".

Católicos e ortodoxos caminham separados desde o "Grande Cisma" de 1054, quando o grupo de cristãos do Oriente questionou a soberania do papa sobre o credo em Constantinopla (atual Istambul), capital do antigo Império Romano do Oriente.

As palavras históricas foram proferidas durante o terceiro e último dia de viagem do pontífice à Turquia. Em Istambul, Francisco participou da festividade de Santo André, irmão de Pedro e um dos discípulos de Jesus, considerado o patrono da Igreja Ortodoxa. Por ser parente do primeiro papa, o santo também serve como um dos elos de ligação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e os ortodoxos.

CONDENAÇÃO DE 'FANATISMO RELIGIOSO'

Na sexta e no sábado, dois primeiros dias da viagem à Turquia, Francisco condenou o fanatismo e o fundamentalismo no Oriente Médio e a perseguição de cristãos na Síria e no Iraque. O pontífice afirmou que, "assim como os medos irracionais que fomentam a incompreensão e discriminação, precisam ser combatidos com a solidariedade de todos os fiéis".

Sobre o combate ao Estado Islâmico, o Papa reiterou que o problema não pode ser enfrentado só com ações militares, mas através de um compromisso conjunto "com base na confiança mútua, que pode abrir o caminho para a paz duradoura". A visita é considerada um desafio às ameaças dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), pois ocorre após extremistas capturarem partes de território do Iraque e da Síria perto da fronteira da Turquia, declarando um califado islâmico e matando ou expulsando muçulmanos xiitas, cristãos e outros fiéis que não compartilham a crença no Islã sunita radical pregado pelo grupo.



Por Victor Simão - DA REDAÇÃO O GLOBO

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28/01/2016 14:45

Bananas correm risco de extinção

Foto: Getty

Lavoura devastada por tufão, fenômeno que ajudaria a disseminar a Doença do Panamá, que ameaça espécie mais popular da banana

A banana é a fruta mais popular do mundo. E além dos seus predicados gastronômicos, ela já foi usada tanto para designar governos corruptos em países tropicais - as Repúblicas das Bananas - quanto para sinalizar algum comportamento estranho - no inglês "going bananas". Também tem se mostrado útil a atletas, como repositora de nutrientes. Quem não se lembra do tenista Gustavo Kuerten comendo bananas no intervalos de jogos?

Atualmente, mais de 100 bilhões de bananas são consumidas anualmente no planeta.

Mas agora o mundo enfrenta uma nova ameaça que pode provocar, segundo especialistas, a extinção da variedade mais comum da banana, a Cavendish (no Brasil, banana d'água e/ou nanica). E talvez da fruta em todas as suas espécies.

Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.

'Planta exótica'

O jardineiro da propriedade de Chatsworth, Joseph Paxton, recebeu, em 1830, um cacho de bananas importadas das Ilhas Maurício. Paxton havia visto bananas em um papel de paredes de um dos 175 quartos da propriedade. Na esperança de cultivar o fruto, o jardineiro plantou o que seria a primeira bananeira daquela propriedade.

"Paxton sempre esteve atento a novas plantas exóticas e era bem relacionado, o que lhe permitiu saber que bananas haviam chegado à Inglaterra", comenta o atual jardineiro-chefe da propriedade, Steve Porter.

Em novembro de 1835 a bananeira de Paxton finalmente deu frutos. Mais de 100, o que rendeu ao jardineiro a medalha durante a exposição da Sociedade Horticultural britânica.

A banana acabou batizada pelos empregados da propriedade de Cavendishii, já que Cavendish era o nome de família dos donos do local, a duquesa e o duque de Devonshire.

"Naquela época, era muito interessante para uma família inglesa plantar bananas e servir a fruta a seus visitantes", diz Porter. "E ainda é", comenta.

Foto: Getty

Banana é fruta mais consumida no mundo. O maior exportador é o Equador

Missionários acabaram levando as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afetou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.

A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou sendo o tipo-exportação. A fruta rendeu, em 2014, US$ 11 bilhões em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de 7 milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.

O problema é que, enquanto produtores aperfeiçoavam a banana Cavendish, encontrada em supermercados do Ocidente quase sempre com o mesmo tamanho e sem manchas, o fungo da Doença do Panamá também evoluiu. E, agora, ameaça seriamente as Cavendish.

O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.

Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.

Perigo

O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.

"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.

Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.

Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.

"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.

Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".

Outra banana

Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo.

"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".

A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.

Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.

"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa. Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO BBC BRASIL

 

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25/12/2015 23:11

Papa lembra atos terroristas e pede fim da violência na África e no Oriente

Em mensagem de Natal, papa lembra atos terroristas e pede fim da violência (Agência Lusa)

O papa Francisco lembrou hoje (25) os "atrozes atos terroristas" cometidos recentemente em Paris, Beirute, Bamaco (Mali), Túnis (Tunísia) e no Egito e voltou a pedir o esforço da comunidade internacional para acabar com a violência na África e no Oriente Médio.

Em sua mensagem de Natal à cidade e ao mundo, dirigida da varanda central da Basílica de São Pedro, em Roma, o chefe da Igreja Católica falou das guerras e dos males que afetam o mundo, manifestando apoio ao empenho da Organização das Nações Unidas (ONU) para terminar com os conflitos na Síria e na Líbia.

Francisco denunciou a destruição do "patrimônio cultural de povos inteiros" e prestou homenagem às pessoas e aos Estados que socorrem e acolhem os migrantes. O papa recordou, referindo-se ao conflito entre Israel e a Palestina, que, "precisamente onde o filho de Deus veio ao mundo, mantêm-se as tensões e as violências, e a paz continua como um dom que se deve pedir e construir".

O papa expressou o desejo de que "o acordo alcançado no seio das Nações Unidas consiga, quanto antes, silenciar as armas na Síria e remediar a gravíssima situação humanitária de uma população extenuada".

Ressaltou ainda a urgência de que o "acordo sobre a Líbia encontre o apoio de todos, para que sejam superadas as graves divisões e violências que afligem o país".

O líder da Igreja Católica apelou novamente à comunidade internacional para que "dirija a sua atenção de maneira unânime" para o fim "das atrocidades" no Iraque, no Iêmen e na África Subsariana, pedindo a paz na República Democrática do Congo, no Burundi e no Sudão do Sul.

Implorou "consolo e força" para todos os que são "perseguidos por causa da sua fé em distintas partes do mundo", e que são os "atuais mártires".

Francisco instou que "a verdadeira paz chegue também à Ucrânia, que ofereça alívio a quem padece das consequências do conflito e inspire a vontade de levar até ao fim os acordos assumidos, para restabelecer a concórdia em todo o país".

O papa pediu igualmente a paz para o povo colombiano e afirmou que, "onde nasce Deus, nasce a esperança e, onde nasce a esperança, as pessoas encontram a dignidade". Contudo, "ainda há muitos homens e mulheres privados da sua dignidade humana", ressaltou, recordando os meninos soldados, as mulheres violentadas, as vítimas do tráfico de seres humanos e do narcotráfico, os refugiados e os desempregados.

Por Victor Simão - DA RADAÇÃO AGÊNCIA BRASIL

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20/12/2015 23:50

Ataques aéreos supostamente russos matam dezenas na Síria, dizem equipes de resgate

Imagem ilustrativa

Ataques aéreos que teriam sido realizados por aviões de guerra russos mataram dezenas de pessoas no centro da cidade de Idlib, controlada pelos rebeldes, no noroeste da Síria, neste domingo, disseram equipes de resgate e moradores.

Eles disseram que pelo menos seis ataques atingiram um mercado movimentado no centro da cidade, vários prédios do governo e áreas residenciais. Equipes de resgate disseram que tinham confirmado 43 mortes, mas que, pelo menos, mais 30 corpos foram recuperados que ainda precisavam de ser identificados.

"Há um monte de cadáveres sob os escombros", disse Yasser Hammo, um trabalhador de defesa civil, através de um sistema de mensagens pela Internet, acrescentando que voluntários e trabalhadores da defesa civil ainda estavam retirando corpos dos destroços.

Vídeos divulgados em mídias sociais e pela estação de TV pró-oposição Orient mostraram ambulâncias improvisadas correndo com civis feridos por uma área onde as pessoas estavam procurando sobreviventes entre os escombros dos edifícios derrubados.

A Rússia começou uma grande campanha aérea em 30 de setembro em apoio do presidente sírio, Bashar al-Assad, seu aliado, que no início do ano sofreu uma série de contratempos, incluindo a perda da província de Idlib e áreas próximas à costa, que são de fundamental importância estratégica.

(Reportgem de Suleiman al-Khalidi)

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO REUTRS BRASIL

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23/11/2015 20:49

Anonymous publica um guia prático para ‘hackear’ o Estado Islâmico

Anonymous-publica-guia-prático-para-‘hackear’-o-Estado-Islâmico

O Anonymous busca colaboradores. O grupo de hackers tenta envolver o maior número possível de pessoas, mesmo que não tenham conhecimentos avançados em informática.

 

Em sua cyberguerra contra o Estado Islâmico, o Anonymous fizeram um pedido mundial para lutar contra o EI e, através de seus canais Internet Relay Chat (IRC), distribuem material para ensinar a principiantes como desmantelar páginas da Internet e perfis nas redes sociais de pessoas ligadas aos jihadistas.
Para isso, elaboraram três manuais. Um para principiantes, no qual incluem noções básicas de linguagem HTML e conhecimentos e conselhos básicos. Dizem que “muitos aspectos da pirataria exigem amplos conhecimentos de programação, mas outros podem ser facilmente entendidos pela maioria”. Com ele, fornecem ferramentas encontradas na Internet para hackear o EI.
Também criaram um Guia da referência, algo mais avançado, que explica como iniciar um bot (um programa informático que imita o comportamento humano na rede) contra uma conta do Twitter. Esse guia vem acompanhado de uma lista com mais de 5.000 usuários do Twitter considerados “objetivos principais”.
O terceiro é o Guia do Buscador, cujo objetivo é identificar os sites relacionados com o Estado Islâmico e informar a rede central: pedem uma ação conjunta e aconselham a não agir individualmente.
“Ao invés de ficar sentado assistindo televisão sem fazer nada, use as ferramentas e guias fornecidos. Sua contribuição significará muito e pedimos para que participe de todas as atividades. Quanto mais, melhor”, disse o Anonymous.

Desde 14 de novembro, um dia depois dos atentados de Paris, o Anonymous afirma ter descoberto dados pessoais de supostos membros do Estado Islâmico e bloqueado mais de 5.500 contas nas redes sociais supostamente ligadas aos terroristas.

A organização de hackers criou um perfil no Twitter dedicado unicamente à operação realizada contra o EI (@opparisofficial). E ashashtags #OpISIS e #OpParis divulgam os dados sobre o número de contas bloqueadas e outros avanços.

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO S1 NOTÍCIAS


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21/11/2015 20:37

Conselho de Segurança autoriza “todas as medidas necessárias” contra o EI

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira por unanimidade um projeto de resolução apresentado pela França que permite “tomar todas as medidas necessárias” para combater o grupo Estado Islâmico (EI), uma semana após os atentados que deixaram 130 mortos em Paris.

“A resolução pede aos Estados que tomem todas as medidas necessárias, de acordo com as leis internacionais, e em particular com a Carta da ONU (…) sobre o território controlado pelo EI na Síria e no Iraque”.

A resolução pede que os países “redobrem esforços e coordenem suas iniciativas a fim de prevenir e de frear os atos terroristas cometidos especificamente pelo EI, assim como por outros grupos extremistas associados à Al-Qaeda.

O Conselho classifica o EI de “ameaça mundial e sem precedentes contra a paz e a segurança internacionais” e se declara “determinado a combater essa ameaça por todos os meios”.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, saudou em comunicado o texto que “pede a amplificação da luta contra o Daech”, acrônimo do EI em árabe.

“Agora o que importa é que todos os Estados se envolvam concretamente neste combate, seja pela ação militar, pela busca de soluções políticas ou pela luta contra o financiamento ao terrorismo”, complementa o texto.

A resolução não concede uma autorização legal expressa para a ação militar contra o EI nem invoca o capítulo sétimo da carta da ONU, que prevê o uso da força.

Entretanto, o documento pode ser entendido como um apoio político à campanha contra os jihadistas na Síria e no Iraque, que foi intensificada após os atentados de Paris, reivindicados pelo EI.

Os ataques franceses aéreos na Síria têm como base legal o direito de um Estado à legítima defesa, o que está previsto na carta da ONU.

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO FRANCE-PASSE

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21/10/2015 22:47

Vaticano nega boatos sobre tumor no cérebro do papa

Papa conduz 'intensas atividades' de maneira normal, diz Vaticano

O Vaticano divulgou declaração oficial nesta quarta-feira para negar que o papa Francisco tenha um tumor no cérebro, conforme relatou um jornal italiano.

"A circulação de notícias infundadas sobre a saúde do Santo Padre por um jornal italiano é gravemente irresponsável e indigna de atenção", afirmou o porta-voz chefe do Vaticano, Federico Lombardi.

O jornal Quotidiano Nazionale afirmou, em reportagem de capa, que o papa foi examinado "há alguns meses" pelo neurocirurgião japonês Takanori Fukushima, que teria voado de Pisa até o Vaticano em um helicóptero da Santa Sé para a consulta.

A publicação afirma que o exame detectou "um pequeno ponto escuro no cérebro" do pontífice, e que o suposto tumor seria curável.

A declaração do Vaticano diz ainda que "como é claramente evidente, o papa está conduzindo suas intensas atividades de maneira totalmente normal".

O jornal manteve as afirmações após a negativa do Vaticano.

O papa, de 78 anos, tem aparentado estar em boa saúde nos últimos meses, apesar de sofrer dores nas pernas associadas a uma inflamação no nervo ciático, para a qual passa por sessões regulares de fisioterapia.

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO SALGUEIRO NOTÍCIAS

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18/10/2015 13:38

Papa diz que igreja precisa de mais descentralização

O papa Francisco pediu neste sábado por uma “descentralização saudável” do poder na Igreja Católica Romana, incluindo mudanças no papado, e com maior poder de decisão para os bispos locais.

Papa Francisco fez seus comentários em uma cerimônia que marca o 50º aniversário da fundação do Sínodo dos Bispos, um encontro mundial que, ocasionalmente, aconselha o papa em uma série de questões.

Ao longo dos anos, muitos bispos têm se queixado de que o sínodo, que se reúne no Vaticano a cada poucos anos, tornou-se um órgão fraco e ineficiente.

O papa argentino disse que o tipo de colegialidade –o governo papal da igreja, em colaboração com os bispos– previsto na reforma do Segundo Conselho do Vaticano de 1962-1965 ainda não tinha sido alcançado.

Conferências episcopais nacionais e regionais devem ter mais autoridade para tomar decisões que afetem os fiéis em suas áreas ao invés de sempre se voltarem para Roma por uma decisão centralizada que tem que agregar tudo, disse ele.

“Nesse sentido, eu sinto a necessidade de avançar com uma descentralização saudável”, disse ele.

O papa também disse que era “necessário e urgente pensar em uma conversão do papado”, uma possibilidade que foi inicialmente sugerida pelo papa João Paulo II em 1995.

Sem entrar em detalhes, papa Francisco disse que “mais luz poderia ser derramada” no exercício do papado, tanto para os 1,2 bilhão de membros da igreja quanto nas suas relações com outras igrejas cristãs.

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO REUTERS BRASIL

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12/10/2015 12:20

EI marca data para o Armagedom e pretendem decapitar o papa e transmitir pela internet

Segundo o entendimento dos radicais islâmicos, a “batalha final”, que os cristãos chamam de Armagedom, ocorrerá em 2025.


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estudioso Robert Spencer do Islã e mantém o conhecido site Jihah Watch. Ele está lançando um novo livro, chamado “Infidel’s Guide to ISIS” [O guia do infiel para compreender o ISIS]. ISIS ou ISIL é o nome original do grupo terrorista que prefere ser chamado de Estado Islâmico (EI) desde que inaugurou o novo califado.

Segundo o entendimento dos radicais islâmicos, a “batalha final”, que os cristãos chamam de Armagedom, ocorrerá em 2025. Porém, antes disso eles acreditam que algumas profecias precisam se cumprir.

Uma das mais importantes é a conquista de Roma, incluindo o Vaticano. O EI fala constantemente sobre a necessidade de se preparar o retorno do messias muçulmano: o Mahdi.

Segundo Spencer, “O EI trabalha com um calendário onde em 10 anos, perto do ano 2025, ocorrerá o Armageddon, a luta final entre o bem e o mal, ou entre os muçulmanos e os não-muçulmanos”. Contudo, a conquista de Roma deve ocorrer dentro dos próximos cinco anos, até 2020.

Eruditos muçulmanos dizem que Maomé profetizou que as duas grandes cidades romanas seriam conquistadas: Roma e Constantinopla. A antiga Constantinopla chama-se hoje Istambul, e já é uma cidade muçulmana.

O autor do livro enfatiza que imediatamente após a tomada de Roma, o EI pretende conquistar a Arábia Saudita e o Irã. Para ele, a primeira fase desse plano já está em andamento. Spencer acredita que existem centenas, talvez milhares de soldados do ISIS entrando na Europa em meio a atual crise de refugiados.

O Estado Islâmico revela parte de seu plano em uma publicação on-line chamada “Bandeiras negras de Roma”. Ele vai usar células terroristas que já estão reunindo muçulmanos que serviram nos exércitos europeus e recrutando novos simpatizantes.

No seu “Guia”, o estudioso mostra que a conquista de Roma “será o sinal completo da superioridade do Islã sobre o cristianismo, marcando a derrota do cristianismo”. Para isso, o papa deverá ser decapitado em praça pública, com a execução transmitida para o mundo todo.

Dentro de sua visão escatológica, tudo culminará em uma batalha contra os exércitos infiéis próximos a Dabiq, na Síria, cidade que eles já conquistaram. “Essa é a sua versão do Armagedom, ressalta Spencer. “Então Jesus se unirá ao profeta muçulmano, o Mahdi, e juntos irão conquistar e islamizar o mundo”, finaliza

Ao mesmo tempo, o autor e especialista em Islã William McCants também lançou um livro sobre o tema. O título é sugestivo “The Apocalypse ISIS” [O Apocalipse do ISIS], onde faz as mesmas alegações. Para ele, o Estado Islâmico já está na Europa e tem bases do outro lado do mar, no Norte da África. Essa crença dos soldados na vitória que teria sido profetizada por Maomé não os deixa desistir de lutar e acreditar que a conquista de Roma virá em breve.


Por Victor Simão - DA REDAÇÃO CBN

 

 

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15/09/2015 23:09

Próximos dois anos podem ser os mais quentes já registrados, diz agência britânica

Combinação entre fenômeno El Niño e gases do efeito estufa pode ter grande impacto em mudanças climáticas nos próximos anos

Os próximos dois anos podem bater o recorde mundial como os mais quentes já registrados no mundo, segundo pesquisa da agência meteorológica do Reino Unido.

O Met Office alerta que grandes mudanças no sistema climático podem estar a caminho por causa dos gases do efeito estufa, que aumentam o impacto de tendências naturais.

A pesquisa mostra que os efeitos do El Niño no Pacífico podem gerar um aquecimento do mundo inteiro.

O estudo revela também que o verão na Europa pode ficar temporariamente mais frio, enquanto o resto do mundo viveria os reflexos do aquecimento.

Os cientistas confirmam que em 2015, a temperatura média da superfície da Terra está se aproximando de níveis recordes: 0,68 °C acima da média registrada entre 1961-1990.

Efeito estufa

O diretor da agência meteorológica britânica, Stephen Belcher, afirmou que as altas temperaturas registradas no mundo todo neste ano mostram a dimensão do impacto dos gases do efeito estufa.

"Sabemos que tendências naturais afetam as temperaturas globais todos os anos, mas as temperaturas muito quentes deste ano indicam o impacto contínuo dos gases do efeito estufa (produzidos pelo homem)."

"Com o potencial de que o próximo ano seja tão quente quanto este, fica claro que nosso clima continua mudando", completou.

Rowan Sutton, da Universidade de Reading, confirmou os resultados do estudo. "Parece que mundialmente, 2014, 2015 e 2016 estarão entre os anos mais quentes da história. Isso não é um acaso. Vemos os efeitos da energia acumulados de forma constante nos oceanos e na atmosfera, e eles são causados pelos gases do efeito estufa."

Tendências

Os cientistas dizem que os efeitos do aumento da emissão de CO2, combinado a tendências naturais de longo prazo nos oceanos, deixam o sistema climático "muito interessante". Eles suspeitam que maiores mudanças ainda estão por vir.

"É um importante ponto de virada no clima da Terra, com muitas mudanças grandes acontecendo de uma vez", disse Adam Scaife, da Agência Meteorológica britânica.

Image copyright AFP
Image caption Derretimento de geleiras é um dos efeitos do aquecimento global

Duas tendências que afetam os "padrões" climáticos a médio e longo prazo estão no oceano Pacífico. O fenômeno do El Niño acontece quando uma corrente do Pacífico se inverte - algo que ocorre a cada três, quatro ou cinco anos -, trazendo chuvas onde normalmente há secas, e secas onde normalmente há chuvas. O El Niño tende a empurrar as temperaturas mundiais para cima.

Esse fenômeno está agora parecido com o El Niño de 1998, que provocou estragos no sistema climático mundial. O de agora pode aumentar o risco de secas na África do Sul, no leste da Ásia e nas Filipinas – e pode trazer enchentes ao sul da América do Sul.

Um efeito positivo disso poderia ser o fim dos quatro anos de seca que afligem a Califórnia.

Consequências

A segunda mudança natural ocorre nos padrões de temperatura do Pacífico Norte. Houve uma fase fria, que a agência meteorológica afirma ter contribuído para a pausa no aumento das temperaturas médias da atmosfera na última década. Agora entra-se em uma fase quente, que também fará o mundo ser mais quente.

Mas existe um outro fator em jogo. Esses dois eventos de aquecimento serão parcialmente compensados pelo padrão de temperatura do Atlântico Norte, que está mudando para uma fase fria.

Os cientistas dizem que têm aprendido mais sobre como esses padrões grandes de temperatura no oceano podem amenizar ou acelerar os efeitos do aquecimento global provocado pelo homem.

"A parte que não entendemos é a competição entre os fatores – é o que estamos estudando agora", diz Sutton.

Para os pesquisadores, mudanças no Atlântico significam que a Europa pode ter verões mais frios e secos pela próxima década – mas isso só se os efeitos do Atlântico não forem superados pelos do Pacífico. Eles ainda não conseguem prever com precisão qual influência prevalecerá.

O fato de o Atlântico Norte estar se tornando mais frio pode levar à recuperação das geleiras na região do Ártico.

Aquecimento

A agência meteorológica tem sido extremamente cautelosa depois de ter sido punida pelo que alguns chamaram de "excesso de confiança" em previsões feitas no passado, quando as tendências naturais do oceano ainda eram pouco compreendidas.

O órgão afirma que, que sob sua perspectiva, não há pausa real no aquecimento da Terra porque os oceanos continuam a ficar mais quentes, os níveis o mar continuam a subir e as geleiras continuam derretendo.

"Não podemos ter a certeza de que será o fim dessa desaceleração, mas as taxas de aquecimento da década podem atingir os maiores níveis do século em dois anos", disse Scaife.

"Se o aquecimento causado pelos gases do efeito estufa continuar a aumentar, os efeitos dele a longo prazo no clima global e regional podem superar aqueles de fenômenos de curto prazo, como o El Niño."

Por Victor Simão - DA REDAÇÃO BBC BRASIL

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